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Com o que o Behaviorismo Radical Trabalha

MARIA AMÉLIA MATOS (3)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP


O título deste artigo pode criar uma expectativa de que ele trate dos métodos e estratégias

com que a análise experimental do comportamento é feita. Para quem tiver essa expectativa eu recomendo a obra canônica do Prof. Murray Sidman, Tactics of Scientific Research, e para aqueles mais interessados em pesquisa aplicada eu recomendaria a obra de Johnston e Pennypacker, Strategies and Tactics of Human Behavioral Research.

 

Aceitei escrevê-lo porque realmente a questão da definição (definição como questão de

escolha) de um assunto é fundamental na elaboração de uma ciência. Somente após responder a este questão, pode o cientista passar para as questões seguintes, que dão início a seu programa de trabalho propriamente dito: “Dada a natureza de meu objeto de estudo, quais as variáveis de interesse?”, e, “Com que métodos de investigação devo estudar essas variáveis?”.

 

A Psicologia não possui uma unidade conceitual (e, conseqüentemente, não possui

também uma unidade metodológica), não porque os psicólogos sejam neuróticos, competitivos ou inseguros, mas porque basicamente ainda não chegaram a um consenso sobre qual seja seu objeto de estudo (ou seja, a questão não é uma questão de personalidade, e sim de comportamento). Se esta minha fala ajudar a clarificar, para os estudantes aqui presentes, qual é a escolha do Behaviorismo Radical no que diz respeito a um objeto legítimo e viável de estudo, me dou por satisfeita. Só temo que esteja repetindo muito do que foi dito na Mesa Redonda de ontem

sobre “contingências”, porque, ao final das contas, o behaviorista radical não trabalha

propriamente com o comportamento, ele estuda e trabalha com contingências de reforçamento,

isto é, com o comportar-se dentro de contextos.

Vejamos qual a definição de contexto para o behaviorista radical.

 

Em sua obra clássica publicada em 1938, The Behavior of Organisms, Skinner, sob o

subtítulo “Uma Definição de Comportamento”, diz: “Comportamento é apenas parte da

atividade total de um organismo...”, e prossegue distinguindo comportamento de outras

atividades do organismo, “... é aqui que um organismo está fazendo (grifo dele) ... é aquela parte do funcionamento de um organismo envolvido em agir sobre ou em interação com o mundo externo.” E finaliza, “Por comportamento então, eu me refiro simplesmente ao movimento de um organismo, ou de suas partes, num quadro de referência fornecido pelo organismo ele próprio,ou por vários objetos ou campos de força externos. É conveniente falar disto como a ação do organismo sobre o mundo externo, e é freqüentemente desejável lidar com um efeito mais do que com o movimento em si mesmo ...” (B. F. Skinner, The Behavior of Organisms, 1938, página 6).

Vamos analisar essa citação mais abaixo, comentando-a passo a passo (nessa análise

algumas palavras ou trechos estarão grifados. Os sublinhados são meus, os grifos em negrito são do próprio Skinner).

 

Uma definição de comportamento

 

“Comportamento é apenas parte da atividade total de um organismo ...”

“Comportamento é aquilo que um organismo está fazendo ...”

“Comportamento é aquela parte do funcionamento de um organismo envolvido em agir sobre, ou em interação com o mundo externo.”

“Por comportamento então, eu me refiro simplesmente ao movimento de um organismo,

ou de suas partes, num quadro de referência fornecido pelo organismo ele próprio. ou por vários objetos ou campos de força externos. É conveniente falar disto como a ação do organismo sobre o mundo externo, e é freqüentemente desejável lidar com um efeito mais do que com o movimento

em si mesmo ...” (SKINNER, B. F. The Behavior of Organisms, 1938, página 6)

… é … parte da atividade total de um organismo ...

... é ... parte do funcionamento do organismo ...

Comportar-se é uma função biológica do organismo, como respirar, digerir, crescer. É

parte do funcionamento deste organismo, constitui parte do seu estar vivo. Mas é uma função a ser distinguida das demais funções, pois é ... é ... aquilo que um organismo está fazendo (doing) ...; ... é ... parte da atividade total ...; ... se refere ao movimento de um organismo ...”. O negrito da palavra “fazendo” tem por função enfatizar que comportamento é ação.

 

... é ... parte do funcionamento de um organismo envolvido em agir sobre, ou em

interação com o mundo externo.

Ou seja, é desempenho do organismo no seu processo de ajustamento/adaptação ao

ambiente. Retomaremos este ponto mais além; por ora, apenas dois comentários.

 

Primeiro:

A expressão “agir sobre o ambiente”, a meu ver, é fruto do contexto histórico da época.

Skinner possivelmente estava querendo enfatizar sua posição como um psicólogo R-S em

oposição à posição S-R então vigente. Logo a seguir, contudo, completa e esclarece sua

colocação inicial, “ou em interação com o mundo externo”. A primeira colocação é inadequada

porque unilateral, não dá conta dos efeitos recíprocos do ambiente sobre o organismo. Na

verdade o que caracteriza o comportamento, sobretudo o comportamento operante

particularmente de interesse para Skinner é a sensibilidade desse comportamento aos efeitos que produz no ambiente.

 

Segundo:

A expressão “mundo externo” não se refere ao que reside fora da pele do organismo, e

sim (por necessidade conceitual de uma postura analítica), ao que não é a própria ação. Para o

behaviorista radical, “ambiente” é o conjunto de condições ou circunstâncias que afetam o

comportar-se, não importando se estas condições estão dentro ou fora da pele (Smith, 1983). É importante entender que, para Skinner, o ambiente é externo à ação, não ao organismo. É exatamente para evitar essas ambigüidades que Lee (1988) propõe a substituição da expressão “ambiente” por “contexto”.

... me refiro ... ao movimento de um organismo, ou de suas partes, num quadro de referência fornecido pelo organismo ele próprio, ou por vários objetos ou campos de força

externos. A palavra “movimento” aqui usada, e que poderia levar a pensar-se em Skinner como um psicólogo do muscle-twitch (contração muscular), não deve assustar ninguém, primeiro pela expressão que se segue, “num quadro de referência”, e segundo, pela maneira especial com que a palavra é usada.

A expressão “movimento num quadro de referência” não se refere a uma proposta de

análise topográfica, e sim funcional. A ação-comportamento deve ser entendida num contexto fornecido:

(a) pelo “organismo ele próprio”, isto é, pelo repertório comportamental do indivíduo, aí

incluindo-se sua história passada, e

(b) por “objetos ou campos de força”, isto é, pelo ambiente aqui e agora. Skinner não elabora

qual o uso que dá à expressão “campos de força”, mas dada sua convivência, na época, com

Kantor, na Universidade de Indiana onde eram colegas de departamento, provavelmente ele está aí incluindo outros organismos e outros eventos comportamentais.

 

Além de mudanças de postura, ou de posição do corpo, ou de suas partes, que é o uso

mais comum da palavra “movimento”, este termo também é usado quando alguém se refere a uma série de atividades organizadas em relação a um objetivo, isto é, a atividades funcionais para um determinado fim, e portanto, para um efeito. De fato, os movimentos que constituem um comportamento de um organismo são movimentos organizados para um fim, estruturados para

um efeito.

... é ... desejável lidar com um efeito mais do que com o movimento em si mesmo...

Voltaremos mais tarde a essa sugestão de finalidade, como elemento definidor de “ação

como comportamento”. Por ora é importante chamar a atenção para a posição de que

comportamento como interação, como ajustamos ou adaptação, não é um dado de observação, e sim uma inferência feita pelo cientista. Isto explica por que para Skinner, assim como para Wittgenstein, é extremamente importante estudar o próprio comportamento do cientista enquanto constrói sua ciência.

 

1. A questão da interação

Uma questão que os alunos freqüentemente me colocam é: “Mas afinal, a interação é

entre comportamento e ambiente ou entre organismo e ambiente?”

Keller e Schoenfeld, em seu clássico Princípios de Psicologia (1950/1966), colocam

como objeto da Psicologia o estudo do comportamento “em suas relações com o ambiente” (“behavior in its relation to environment”, página 3), e elaboram afirmando que “o comportamento, sozinho, dificilmente poderia ser considerado como um objeto de estudo para uma ciência” (idem, página 3). Assim, ao mesmo tempo em que reconhecem que o comportamento não pode ser estudado isoladamente, e que, portanto, o objeto de estudo da Psicologia deve ser a interação, afirmam, não obstante, que existe comportamento e existe

interação.

Contraste-se essa afirmação com a anterior, de Skinner, “behavior is that part of the

functioning of an organism which is engaged in acting upon or having commerce with the

outside world”. Comportamento é uma maneira de funcionar do organismo, uma maneira interativa de ser.

Comportamento é interação, comportamento não “mantém” uma relação de interação. E essa

interação é entre Organismo e Ambiente.

Contudo, como na verdade os organismos vivos estão em constante processo de adaptação

e interação com seu ambiente, falar em comportamento dos organismos é um pleonasmo. Só o aceitamos porque permite distinguir a Psicologia de outras ciências, as quais estudam o comportamento de coisas como átomos, substâncias químicas, células, vigas de aço, bolsa de valores etc. Assim, podemos encontrar na literatura autores que usam indiferentemente ou a expressão “interação comportamento-ambiente” ou a expressão “interação organismo-ambiente”,

referindo-se quer a comportamento, quer a esse organismo que não pode ser outra coisa senão um “organismo comportante”.

Apenas para completar a questão da especificidade do termo “comportamento”, tal como o psicólogo o usa, um adendo: o organismo não é inerte nem estável, seu processo de adaptação é contínuo, e portanto sua interação nunca é constante e, apenas em termos conceituais, é reproduzível. As mudanças no organismo, decorrentes desses contatos com o ambiente, raramente são, em termos de energia, iguais às mudanças de energia que ocorrem no ambiente.

Células e órgãos também estão em processo contínuo de interação. A diferença é que essa

interação se dá num nível de trocas de substâncias e matérias, trocas essas que resultam em transformações e incorporações, principalmente estruturais. O comportamento, objeto de estudo da Psicologia (ou pelo menos do analista de comportamento), pode incluir troca de energia e substâncias, mas as transformações de interesse não são estruturais, e sim de modos de funcionamento. Em Fisiologia, quando mudanças funcionais ocorrem, em geral são decorrentes de transformações estruturais. As trocas que interessam ao psicólogo são trocas de eventos, são trocas de ocorrências (não de coisas), são trocas no campo histórico. Em outras palavras (embora talvez menos precisas), as trocas comportamentais são mais variáveis, em termos da diversidade dos fenômenos de interesse; elas podem se modificar com a repetição; ao serem incorporadas ao repertório do organismo alteram futuros modos de interação; e, principalmente, essas trocas ou ajustamentos podem ocorrer a grande distância, espacial e temporal, dos eventos e objetos com os

quais se relacionam.

 

2. A questão da objetividade do comportamento e de sua finalidade

Dissemos acima que o fenômeno que o cientista/filósofo comportamental estuda/pondera

são classes de eventos. Como um evento, o comportamento não tem uma dimensão espacial, não se localiza no tempo e no espaço, é um fenômeno apenas histórico. Como classe, é uma construção teórica. Considerando que descrições de classes de eventos comportamentais são afirmativas sobre populações de organismos e sobre classes de ações, conclui-se que essas descrições não dizem coisa alguma sobre um indivíduo específico ou suas ações particulares.

Explicando através de um exemplo:

Quando minha vizinha, que trabalha fora, diz que “não sabe mais o que fazer, porque

sempre que a empregada leva seu filho ao supermercado, este chora que quer doce e ela acaba comprando um bocado de porcaria”, e pede minha ajuda, eu só posso responder a ela em termos genéricos e abstratos. “Que crianças em geral choram”, “Que pessoas em geral dão doces para acabar com o choro e/ou com o embaraço que ele causa em público”, “Que a relação de autoridade dela para com a empregada provavelmente permeia a relação do filho dela com a empregada” etc. Ou seja, falo do papel do reforçamento, das variáveis que controlam o comportamento de esquiva, da importância de estabelecer contingências etc. Contudo, para dar uma solução ao problema específico de Dª Maria, minha vizinha, eu preciso identificar os parâmetros específicos das variáveis que atuam no problema de Dª Maria, em diferentes contextos, e inserir essas observações em minhas classes conceituais. O “choro-do-Joãozinho-nosupermercado-

pedindo-doces”, é um evento particular e concreto, que deve ser observado particular e concretamente (por isso é que se diz que a resposta é uma unidade de análise empírica, e é também por isso que ela é freqüentemente equacionada com movimentos do corpo).

O problema é que eu não posso fazer coisa alguma com essas observações concretas e

particulares, se eu não as conceituar! Elas não me serão úteis a menos que eu consiga equacionálas a uma classe de eventos teóricos. “Chorar” é essa classe de eventos comportamentais teóricos e, como tal, “chorar” é uma abstração, “chorar” são os choros particulares a conceituar pelo observador. 

 

Atenção! Isto não tem nada a ver com a natureza molar ou molecular de um evento

(Rachlin, 1985). O choro do Joãozinho é um evento molecular, tem começo e fim, é um evento discreto e pontual, que ocupa todo o intervalo entre seu começo e seu fim, e o ocupa sem interrupção. Dizer que uma criança é chorona, já é colocar o fenômeno num nível molar. Isto é, de um fenômeno que se estende no tempo, onde o começo e o fim (especialmente o fim do choro de Joãozinho, como diria a empregada) estão a perder de vista. É um fenômeno que pode sofrerinterrupções pela ocorrência de eventos de outras categorias, mas que é recorrente, que é retomável e, freqüentemente, é de fato retomado.

 

“Chorar”, eu dizia, é uma classe de eventos: posso chorar derramando lágrimas ou com os olhos secos, posso soluçar, gritar, ou ficar muda etc.; o choro pode ser meu, de Joãozinho, da empregada ou até de Dª Maria. Se “chorar” é analisado dentro de um conjunto de circunstâncias, como um evento interativo (isto é, como um movimento adaptativo do organismo), então “chorar” é uma classe de comportamentos ou, melhor ainda (e dessa vez sem redundâncias), é um comportamento. É nesse sentido que a medida da freqüência de ocorrência do comportamento é um dado fundamental para o behaviorista radical. É a historicidade do comportamento que dá a

esse behaviorista o contexto necessário para identificar as conseqüências do ato e portanto para conceituá-lo.

Um outro exemplo que podemos analisar, e que é bastante fácil de acompanhar, é o comportamento de “abrir a porta”. O movimento de “abrir” é um ato, um gesto, onde o importante é o tipo de movimento ou de movimentos que executo. Porém o “abrir a porta” é um comportamento. É uma classe de eventos (posso abrir a porta com a mão, com o ombro, dando um chute nela, ou solicitando a ajuda de Ali Babá etc.).É uma classe de eventos interativos (ocorrem em determinadas circunstâncias como porta destravada, porta trancada numa situação de emergência, passeio nas Arábias etc.). É uma classe de eventos interativos e que produzem mudanças nas circunstâncias em que ocorrem. Aliás, para o behaviorista radical, são definidos como classe exatamente pela natureza da mudança que produzem, por aquilo que caracteriza o seu término, o seu fim, isto é, a porta aberta. Se executo os assim chamados movimentos de abrir uma porta, mas esta não se abre, isto não é considerado “abrir a porta”, é um outro comportamento, talvez “tentar abrir a porta”, ou outra coisa. Para classificar um evento, um movimento, como comportamento de “abrir a porta” é preciso o efeito, “porta aberta”. Pressionar a barra implica em barra empurrada para baixo, embora mais tarde outros efeitos também possam se agregar a este (falamos em efeitos naturais e arbitrários; “barra pressionada” é um efeito natural, “água contingente a barra pressionada” é efeito arbitrário e, como tal, depende de uma história passada, em que pressionar a barra foi seguido de água). Falamos anteriormente em efeito ou finalidade da ação. Este efeito é final, no sentido de último (isto é, aquilo que encerra ou define o encerramento da ação), não no sentido de fim a ser atingido.

Comportamento, pois, é uma classe de eventos/ações definidos pelo seu efeito comum no ambiente. Portanto, por necessidade:

 

(a) representam interações Organismo-Ambiente; 

(b) são categorias funcionais de análise.

 

Repetindo:

Evento/ação = comportamento é funcionamento do organismo

Efeito no ambiente = comportamento é interação organismo-ambiente.

Efeito comum = comportamento é uma classe funcional.

 

“Abrir” é o ato de Ali Babá tal como eu o vejo, tal como me parece como observador externo que sou. Isto pode interessar ao behaviorista metodológico, mas não ao radical.

“Abrir a porta” é o ato de Ali Babá pelo que ele – ato de Ali Babá – realiza, pelo que ele

produz.

 

“Abrir” é o ato de Ali Babá tal como eu o vejo, tal como me parece como observador externo que sou. Isto pode interessar ao behaviorista metodológico, mas não ao radical.

“Abrir a porta” é o ato de Ali Babá pelo que ele – ato de Ali Babá – realiza, pelo que ele

produz.

Para completar: “pedir que Ali Babá abra a porta” é um ato verbal meu, definido pelo que esse ato produz, a saber, o comportamento de Ali Babá. A finalidade de meu comportamento verbal é o comportamento motor de Ali Babá (finalidade no sentido de “conclusividade”; pois é o comportamento de Ali Babá que completa minha fala, tornando-a comportamento. Contudo, o comportamento de Ali Babá não é causa de meu comportamento, não desencadeia minha ação, embora sua presença possa ser um discriminativo para meu agir). Em suma, é o comportamento de Ali Babá que dá contexto ao meu comportamento, e é por isso que se diz que o comportamento verbal é prototípico do comportamento operante.

 

Para enfatizar que o conceito de comportamento só se completa com referência a seu fim, Lee (1988) (que prefere o termo “ação” ao termo “comportamento”), define comportamento como uma unidade meio-fim, isto é, uma unidade movimento-efeito. Esta unidade meio-fim é a nossa conhecida contingência “se ... então ...”, onde “se” é o movimento e “então”, é o efeito. Veja-se a respeito a afirmativa de Skinner de que “... a interação entre organismo e ambiente (é) representada pelo conceito de contingências...” (Contingencies of Reinforcement, 1969, página 97).

 

É exatamente por isso que se tem dito, meio ironicamente, que a prática do psicólogo

operante se restringe à análise do operante, isto é, de relações “se ... então ...”. De fato, se “comportamento” é uma categoria fundamental de análise, se é um termo teórico, uma concepção do behaviorista radical, “contingência” é a operação empírica equivalente usada pelo analista de comportamento. Acontece que, sendo o organismo o local, o ponto de confluência desses movimentos-e-efeitos, ele também é parte das contingências, e, assim, na verdade (se assumirmos o que tem sido dito acerca de nós), seria melhor completarmos, “a prática do analista de comportamento é estudar contingências em seu efeito cumulativo sobre o desempenho dos organismos”.

 

(1) Versão modificada de conferência apresentada no III Encontro Brasileiro de Psicoterapia e Medicina Comportamental, Campinas-SP, outubro de 1994.

(2) Texto publicado em Banaco, Roberto Alves et al (orgs.) (2001). Sobre Comportamento e Cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. Santo André, SP: ESETec Editores Associados.

(3) Pesquisadora do CNPq.

 

BIBLIOGRAFIA:

JOHNSTON, J.M. & PENNYPACKER, H.S. (1980) Strategies and Tactics of Human

Behavioral Research. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum.

KELLER, F.S. e SCHOENFELD, W.N. (1950) Principles of Psychology. New York: Appleton-

Century-Crofts (traduzido para o português em 1966, EPU/HERDER Editora).

LEE, V.L. (1988) Beyond Behaviorism. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum.

RACHLIN, H. (1985) Pain and Behavior. The Behavioral and Brain Sciences, 8, pp.43-83.

SIDMAN, M. (1960) Tactics of Scientific Research. New York: Basic Books Inc.

SKINNER, B.F. (1938) The Behavior of Organisms. New York: Appleton-Century-Crofts.

SKINNER, B.F. (1957) Verbal Behavior. New York: Appleton-Century-Crofts.

SKINNER, B.F. (1969) Contingencies of Reinforcement. New York: Appleton-Century-Crofts.

SMITH, T.L. (1983) Skinner’s environmentalism: the analogy with natural selection.

Behaviorism, 11, pp. 133-153.

 

 

Fonte: www.terapiaporcontingencias.com.br

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